Corpo, espaço e movimento - paralesia cerebral
Debruçando sobre as problemáticas da intervenção precoce, verificamos que há um caminho longo a percorrer para alcançar as metas desejadas. Visto que ainda existe uma serie de incongruências que não facilitam aliar a teoria à prática nomeadamente a falta de legislação adequada a área de intervenção precoce. Inicialmente, o modelo tradicional era centrado na criança e só posteriormente deu-se importância à participação da família, ou seja, o modelo ecológico. Segundo Powel (1988), dá-nos uma perspectiva em três vertentes: 1-individualização dos programas face às necessidades específicas e únicas de cada família, surgem neste contexto debates sobre currículos mais ou menos estruturados, programas domiciliários ou de grupo com o devido respeito pelos valores culturais e específicos de cada família, bem como a impossibilidade de replicar a aplicação de um programa para uma comunidade diferente; 2- partilha de conhecimentos entre os pais e os técnicos, onde estes últimos aparecem como colaboradores/facilitadores nas decisões dos primeiros sobre os serviços que melhor se adequam às suas necessidades, sendo o conceito de empowerment que melhor traduz esta realidade. Podemos então concluir que com esta estreita cooperação os programas começam a favorecer a independência dos pais face aos profissionais, aumentando deste modo as decisões da família, bem como os sentimentos de eficácia educativa relativamente á criança; 3-os pais ao assumirem um comportamento de mudança tornam-se mais aptos, mais participativos e mais activos nas decisões relativamente à construção e implementação do programa de intervenção, fazendo uso adequado das redes formais e informais de apoio social com vista a dissipar possíveis situações de mau estar familiar. O papel da família no acto educativo do seu educando é crucial no processo de avaliação diagnóstica, a informação proveniente do meio familiar possibilita ao técnico desenvolver