O banquete, Platão

1. INTRODUÇÃO

O banquete é um dos diálogos platônicos cujo tema central é o amor. Através de vários discursos e reflexões, o que se tenta fazer é uma apologia a Eros, o deus do amor. A história se inicia com Apolodoro contando a um homem o que foi dito no banquete realizado na casa de Agaton. Apolodoro não presenciou o banquete, mas sim seu amigo Aristodemo, que tratou de contar o teor dos discursos que foram proferidos aquela noite. Agaton foi vitorioso na sua primeira tragédia, em razão disso realizou uma reunião com os homens mais eminentes da Grécia.
Depois de cumpridos todos os rituais de um banquete, os participantes desse se ocuparam apenas de beber. Nesse momento, Pausânias inicia um diálogo sobre a bebida, aonde chega à conclusão que todos deveriam beber de forma moderada, pois no dia anterior eles haviam se excedido. Não restando mais nada a fazer, Erixímaco apresenta a indignação de seu amigo Fedro, em relação à falta de hinos e louvores a Eros e sugere que sejam proferidos uma série de discursos para exaltá-lo. Os demais presentes concordam e se iniciam os discursos. Serão debatidos temas como o amor, a amizade e o estar no mundo, a começar por Fedro.

2. DESENVOLVIMENTO

Fedro, o primeiro a discursar, apresenta uma visão mais geral em torno de Eros. Entretanto, os outros discursos irão discorrer a partir desse, a fim de aprofundá-lo ou negá-lo. Fedro enaltece a tamanha distinção de Eros. Se apoiando nos autores épicos; Hesíodo, Acusilau e Parmênides, enaltece a grandiosidade de Eros, o qual segundo Fedro é o mais antigo deus e a origem. Fedro despreza os poetas que cantam hinos a outros deuses e não a Eros. Defende a teoria que o amor nos leva à virtude que os deuses tanto apreciam, e que só Eros pode nos dar a felicidade nesta vida e depois da morte.
Pausânias de certa forma refuta alguns dos argumentos de Fedro. Afirma que Eros não é um só, então antes de engrandecê-lo indiscriminadamente, temos que saber a que