O Banquete O livro é um ensaio de dramaturgia e também uma retórica de diálogos. Na época do banquete, Platão tinha cerca de onze anos de idade e descreve o fato depois que Aristófanes vem a falecer. Utiliza personagens reais, pessoas que realmente existiram mas não como exatamente eram (estão tipificadas no livro) transferindo a linguagem para o personagem, ou seja, ele não assume a subjetividade como autor, mas faz o leitor se fascinar pelo discurso. Inicialmente ocorre um encontro entre Apolodoro e Glauco, este último desejoso de saber as opiniões sobre o amor que foram proferidas no banquete ocorrido na casa de Agáton, Apolodoro conta de forma exata como Aristodemo descrevera-lhe, já que Aristodemo teve a oportunidade de presenciar o diálogo por ter sido convidado por Sócrates. Antes dos discursos, os convivas propuseram que ninguém bebesse em excesso como na noite anterior, apenas o quanto lhes fizesse bem, de forma a promover um encontro filosófico elogiando Eros, o deus do amor. O primeiro a discursar é Fedro, referindo-se a Eros como um dos mais antigos deuses, poderoso e admirável por várias razões, o amor seria o responsável por direcionar os homens ao belo e o amor seria motivo para sacrificar-se em detrimento da pessoa amada. Depois de Fedro, Pausânias afirma que há mais de um Erro, referindo-se a um Eros Celeste e um Eros Vulgar, sendo que todas as ações realizadas não são em si nem boas nem más. Desse modo, é belo o amor que se direciona ao belo e à perfeição do amado, quem ama desta forma não faz parecer ridículas suas ações e é perdoado pela sua condição de amante; e o amor vulgar é prender-se à cobiça e amar mais o corpo do que a alma, é repudiado. O próximo a falar, pela ordem, seria Aristófanes, porém, acometido por um excesso de soluços, ficou impossibilitado de falar, então Erixímaco se expressou. Para ele, o amor não exerce influência só nas almas, mas dá também harmonia ao corpo e à natureza. Há um tipo de amor que é sadio e outro