O Ato de Ler - Resenha

UFBa - Faculdade de Letras
Docente - Camila Mello LET E 41
Curso - Letras (Inglês) - Oficina de Leitura e Produção Textual

“...o que podemos imaginar sempre existe, em outra escala, em outro tempo, nítido e distante, como num sonho.” (PIGLIA,
Ricardo. O último leitor. São Paulo, Companhia das Letras,
2006. p. 17)
Relacionado ao ato de ler está, obviamente, a escrita. É necessário que alguém escreva para que outros possam ler, imaginar, transcender... Mais do que isso: é necessário que todos escrevam para que possam se expressar. O ato de escrever, redutor da realidade, pode ser libertador. Pode permitir que manifestemos sentimentos dos mais diversos, que nos comuniquemos com quem não podemos falar, que nos insiramos numa comunidade de dominadores da linguagem em suas diversas formas (não só que sejamos dominados pela linguagem e pelas pessoas que a dominam).
Necessário a uma interação mais rica, escrever pode ser vital para que nos libertemos dos limites de uma comunicação cotidiana e passemos a uma expressão de sentimentos e pensamentos, que a escrita tem provado ser mais capaz de expressar. Ao travar discursos inerentes a esse ambiente as obras “O prazer da leitura”, “Totonha” e “O leitor” narram, sob pontos diversos, a leitura e o mundo da literatura. Dentre eles podem-se destacar o prazer que envolve o ato de ler; a validade da leitura e do seu aprendizado; as consequências de saber ou não ler e as implicações de um ensino demasiado teórico, que não abarca os sentidos intrínsecos ao texto - o que o torna vazio.
De logo, o texto de Rubem Alves esclarece que a atividade da leitura deve ser uma forma de obter prazer. (Melhor dizendo: a leitura deve ser ensinada para que as pessoas obtenham prazer dela e, quem sabe, nesse processo de ensinamento, também sintam uma certa forma de êxtase). Em “o prazer da leitura” Rubem introduz uma “abordagem fria” sobre o aprendizado da leitura ao comparar as palavras alfabeto e abecedário, bem como suas