O ascetismo e o espírito do capitalismo, da obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, de Max Weber.

837 palavras 4 páginas
Trabalho referente à avaliação G2
Resenha do capítulo V: O ascetismo e o espírito do capitalismo, da obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, de Max Weber.

Max Weber (1864 - 1920), um dos arquitetos fundadores da sociologia, nasceu em uma família protestante, dentro do antigo império católico dos Habsburgos. Weber viveu em uma Alemanha (Prússia) de preceitos conservadores e ao contrário de Durkheim e Karl Marx, manteve seu maior foco nos indivíduos e não na estrutura. O autor, imerso em pensamentos de cunho liberal, acreditava que a ação individual podia quebrar o determinismo social por motivações subjetivas, além de econômicas, como tradições e valores.
Em sua obra, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, Weber elabora em temas minuciosos, a afinidade entre essa vertente religiosa e o desenvolvimento do capitalismo na sociedade moderna. Segundo o autor, a ganância transfigurada em imperativos éticos, o poupar para agradar a Deus e trabalhar dia e noite para se tornar mais rico, base das doutrinas Luterana e Calvinistas, aliados ao cálculo administrativo entre esforço e lucro seriam as bases da acumulação primitiva de riquezas, que dariam o impulso e capacidade para a fixação da ordem capitalista.
As raízes desta acumulação estariam fixas na ideia protestante do “chamamento divino”, associada tanto ao Luteranismo quanto ao Calvinismo e posteriormente aos ascéticos. Vale explicar que para ambos, o chamado para o trabalho e a vocação eram as únicas formas de servir a Deus e garantir sua graça e salvação. Para os Luteranos, este preceito da ética cristã, advindo do Catolicismo e sua divisão do trabalho na Idade Média, preza o chamado divino dentro dos limites conservadores e tradicionalistas da divisão do trabalho, reproduzindo o "status quo". O homem deve trabalhar para servir a Deus, mas em seu lugar de origem e apenas trabalhando arduamente é que o respectivo homem consegue seu lugar no paraíso. Já para os Calvinistas, o trabalho

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