O ambiente desconhecido
No processo de adaptação em que se encontram as crianças que estão iniciando a escolarização, o ambiente desconhecido, as novas rotinas, a alimentação, as pessoas não familiares, as separações diárias e a ausência da mãe colocam-lhes uma significativa exigência social e emocional (Davies &Brember, 1991). Porém, a adaptação muitas vezes é difícil não só para a criança, mas também para a família e a educadora, pois implica em reorganizações e transformações para todos. A forma como este processo é vivenciado pelas pessoas envolvidas influencia e é influenciada pelas reações da criança (Rossetti-Ferreira,Amorim & Vitória, 1994). Deste modo, é importante que no período de adaptação a mãe/pai ou outro familiar fiquem junto à criança para auxiliar na exploração deste ambiente estranho e no estabelecimento de novos relacionamentos com as educadoras e outras crianças (Bloom-Feshbach e cols., 1980; Balaban, 1988).
Da interação família e escola resulta a construção de laços saudáveis, aptos a uma troca de vivência que enriquecem a permanência da criança no meio escolar e possibilita seu pleno desenvolvimento no novo espaço até porque a adaptação é um movimento constante na relação da criança com a escola. Os pais então são agentes que podem contribuir-nos diversos aspectos da adaptação da criança e um deles é a participação da vida escolar do filho, o cuidado e atenção com o que o filho faz na escola. Nessa nova fase de adaptação ao ambiente escolar é importante que os pais acompanhem os filhos nos primeiros dias de aula dando apoio emocional, conversando com eles sobre a importância de ir à escolar frisando que a escola é um espaço onde elas podem brincar, correr e encontra vários amiguinhos.
Esta relação com os pais se faz necessária a medida que os mesmo são para criança o referencial de apego. A teoria do apego de Bowlby (1969/1990) postula que a tendência para se estabelecerem fortes relações de