O acordo impossível
O acordo impossível
Na obra Pós Guerra, Tony Judt apresenta a sua reflexão sobre o que chama o acordo impossível.
Delineando um trajeto que se debruça sobre as consequências da 1º Guerra Mundial até às conversações pós 2ª. Guerra Mundial vai, pouco a pouco, apresentando as ideologias que encaminharam os países vencedores para posições políticas intransigentes: “ «No mundo, ninguém pode compreender o que os europeus sentem em relação aos Alemães até falar com os Belgas, os Franceses ou os Russos. Para eles os únicos Alemães bons são os que estão mortos.» O autor destas palavras, escritas no seu diário em 1945, foi Saul K. Padover, o observador que acompanhava os exércitos americanos (…)”1. Segundo Tony Judt este era o estado de espírito que estava presente em todos os momentos o que levou a que “o objectivo da Segunda Guerra Mundial na Europa era derrotar a Alemanha e quase todas as outras considerações foram postas de parte enquanto a luta prosseguia”2.
Após a rendição do Japão, ocorrida em 2 de setembro de 1945, as forças aliadas mobilizaram forças para a realização dos acordos políticos que dariam fim à Segunda Guerra Mundial.
De um lado os Aliados: EUA, RU, URSS e França. No outro o Eixo: Alemanha, Itália e Japão.
No entanto este agrupar de nações não se constituiu de forma aleatória mas mais como uma plataforma de equilíbrios em que primavam dois projetos principais para o mundo ocidental: derrotar a Alemanha mas também não se sujeitar ao regime dos seus aliados soviéticos.
Com o fim da guerra tornava-se imperiosa a reconstrução da Europa. Aos Aliados coube o encargo, de além de reconstruírem os seus próprios territórios, reconstruir e administrar a Alemanha.
As quatro potências vencedoras: Estados Unidos, Reino Unido, França e União Soviética assumiram o poder deste território e dividiram-no em quatro zonas de ocupação. Sob o