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As crianças hospitalizadas, independentemente do período de permanência na instituição ou de outro fator qualquer, têm necessidades educativas e direitos de cidadania, onde se inclui a escolarização. Esse não é fenômeno recente. Fonseca e Ceccim (1999) abordam o assunto e esclarecem que, a partir da segunda metade do século XX, observou-se que, em países desenvolvidos, como Inglaterra e Estados Unidos, orfanatos, asilos e instituições que prestavam assistência a crianças violavam aspectos básicos do desenvolvimento emocional das mesmas, por falta de atendimento integral. Concluir- se igualmente que tais lacunas apresentavam o risco de seqüelas as quais, na vida adulta, poderiam evoluir para condições psiquiátricas sérias.
Decorreu daí a iniciativa de programar experiências educativas para crianças e jovens internados em instituições hospitalares. Com o transcorrer do tempo, a providência foi também incorporada a hospitais brasileiros. Portanto é de fundamental importância para o desenvolvimento psicológico da criança, a criação de um espaço maior destinado à fantasia e ao jogo imaginário
Nesse sentido, a brinquedoteca é um espaço preparado para estimular a criança a brincar, possibilitando o acesso a uma grande variedade de brinquedos, dentro de um ambiente especialmente lúdico. É um lugar onde tudo convida a explorar, a sentir, a experimentar (CUNHA, 1994).
O enfrentamento da situação de hospitalização infantil tem relação com o estágio do desenvolvimento em que a criança se encontra, tempo de internação, patologia, conhecimento prévio a respeito da instituição hospitalar, tudo o que lhe é transmitido, medos e ansiedades, através de seus pais e responsáveis, a respeito do processo de internação, entre outros aspectos. Enfim, toda a circunstância de vida que envolve a criança. Todos esses fatores poderão, em menor ou maior grau, influenciar no processo de resolução, de enfrentamento do tratamento a que a criança será exposta Isto é, contribuindo