Ed´s
MANEJO DA COBERTURA DO SOLO EM VIDEIRAS VISANDO A SUSTENTABILIDADE DO ECOSSISTEMA: RELAÇÃO DAS ESPÉCIES DE COBERTURA COM AS VIDEIRAS E COM A PRODUÇÃO E QUALIDADE DA UVA.
Odoni Loris Pereira de Oliveira(1); Cláudia Suzana Piccinini(1); Mateus Bergamin Paludo(1); Juliana Pereira Juergens(1); (1) Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Centro Nacional de Pesquisa de Uva e Vinho, Caixa Postal 130, 95.700-000, Bento Gonçalves, RS; odoni@cnpuv.embrapa.br. Projeto financiado pela FAPERGS, EMBRAPA/CNPUV e Cooperativa Vinícola Aurora.
INTRODUÇÃO O manejo do solo e da cobertura verde em vinhedos nas regiões vitivinícolas do Rio Grande do Sul carecem de informações técnico-científica que considerem a sustentabilidade do ecossistema da região. Assim, foram estabelecidas áreas experimentais em quatro locais da Serra Gaúcha em vinhedos cultivados com uvas viníferas e americanas, entretanto, os resultados apresentados e discutidos nesse artigo são de apenas dois locais. O objetivo foi avaliar o efeito do uso de diferentes coberturas verdes e o seu manejo sobre atributos físicos, químicos e biológicos do solo e na quantidade e qualidade da uva produzida. MATERIAL E MÉTODOS Um dos experimentos foi estabelecido em abril de 2002 e está localizado no Vale dos Vinhedos na Embrapa Uva e Vinho, com altitude de 680 m, num Cambissolo eutrófico, em parreirais das cultivares Niágara Branca, Rosada e Isabel (uvas comuns) estabelecidos em 1989 no espaçamento de 1,5 por 2,5 m. O clima é do tipo Cfb, segundo Köppen, com precipitação anual de 1.736 mm e temperatura média anual de 17,2 oC. Nessa área foram utilizados dois sistemas de estabelecimento das espécies, denominados de “convencional” com aplicação de herbicida no outono e semeadura 15 dias após, é o que o produtor normalmente utiliza, e “alternativo”, com roçada no outono e semeadura logo após, é o que o produtor normalmente não faz. Em ambos os sistemas não houve mobilização