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Gilson Nogueira era um advogado que fora designado para atuar no combate e investigar crimes de um grupo de extermínio intitulado de “Meninos de Ouro” que se localizava no Rio Grande do Norte. Por este motivo foi assassinado na frente de sua casa com 17 tiros em 20 de Outubro de 1996. No período de Junho de 1997, as investigações a cerca do assassinato do advogado foram encerradas pelo pedido do promotor de Justiça designado, e, por conseguinte o inquérito foi arquivado.
Insatisfeitos com esta decisão, várias organizações dos Direitos Humanos notificaram e apresentaram o caso a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e entraram com uma petição contra o Governo brasileiro por sua responsabilidade efetiva no assassinato de Gilson Nogueira.
As organizações nacionais e internacionais elaboraram um documento afirmando a denúncia que posteriormente foi mostrado a Comissão Interamericana e, por conseguinte à Corte. O argumento consistia em principalmente alegar que o Estado brasileiro tinha o dever de tutelar e proteger a vida e a integridade física de Gilson Nogueira, além de garantir a investigação de seu assassinato, processar os devidos responsáveis e promover os recursos judiciais adequados.
É de conhecimento prévio que todos os defensores dos Direitos Humanos sofrem constantes represálias por culpa de seu trabalho, muitas vezes recebendo ameaças e até mesmo atentados que culminam a morte, como foi o caso de Gilson.