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O Decálogo na Sagrada Escritura: A palavra Decálogo significa literalmente dez palavras. Deus revelou essas dez palavras ao seu povo no Monte Sagrado (Ex 34,28), ele a escreveu com seu dedo, à diferença de outros preceitos escritos por Moisés. São palavras de Deus de modo iminente. Foram transmitidas no livro do Êxodo e no do Deuteronômio. Desde o Antigo Testamento, os livros sagrados se referem às dez palavras, mas é em Jesus Cristo, na Nova Aliança que será revelado em sentido pleno. O Decálogo deve ser entendido em primeiro lugar no contexto do êxodo, que é o grande acontecimento libertador de Deus no centro da Antiga Aliança. Formulados como mandamentos negativos, as dez palavras indicam as condições de uma vida liberta da escravidão do pecado. O Decálogo é o caminho da vida. Os mandamentos recebem seu pleno significado no íntimo da Aliança. Segundo a Escritura, o agir moral do homem adquire todo o seu sentido na Aliança e por ela. A primeira das dez palavras lembra o amor primeiro de Deus por seu povo, os mandamento propriamente ditos vem em segundo lugar; exprimem as implicações da pertença a Deus, instituída pela Aliança. A existência moral é resposta à iniciativa amorosa do Senhor. É reconhecimento, homenagem a Deus e culto de ação de graças. É cooperação com o plano que Deus executa na história.
O Decálogo na Tradição da Igreja: Fiel à Escritura e de acordo com o exemplo de Jesus, a Tradição da Igreja reconheceu ao Decálogo uma importância e um significado primordiais. Desde Santo Agostinho, os dez mandamentos têm um lugar preponderante na catequese dos futuros batizados e dos fiéis. No século XV, adotou-se o costume de exprimir os preceitos do Decálogo em fórmulas rimadas, fáceis de memorizar, e positivas, que ainda estão em uso hoje. Os catecismos da Igreja com freqüência tem exposto a moral cristã seguindo a ordem dos dez mandamentos. A divisão e a numeração dos mandamentos tem variado no decorrer da história. O presente