Estado, entre a politica e o poder.

A Guerra Fria tornou-se um período excepcionar por ter sido um período de tensão prolongada que não terminou numa guerra entre dois Estados rivais. Oferece uma perspectiva única das Relações
Internacionais e esclarece a dinâmica de duas opções de política externa que os Estados podem assumir: a opção de dissuadir e de conter. Primeira Fase (1947-1955)
Consolidação dos blocos
Doutrina Truman
Os Estados Unidos operam uma revisão da sua posição assumindo o seu papel como líderes do mundo livre. Deixam para trás a sua tradição isolacionista. A
Doutrina Truman foi declarada pelo presidente norte-americano em 1947 e baseava-se na contenção (containment). Os Estados Unidos passaram a opor-se a qualquer expansão da URSS fora dos limites estabelecidos em 1945 e para prevenir esta expansão ajudaram à recuperação económica e social dos países que participaram na Segunda Guerra Mundial.
Propuseram o Plano Marshall a todos os países europeus, incluindo os que estavam sob a esfera de influência soviética.
Criaram a OECE (Organização Europa de Cooperação Económica), hoje OCDE
(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) e outros órgãos como o FMI e o GATT com vista à cooperação económico-financeira do bloco ocidental.
Consolidação da Hegemonia Soviética na Europa de Leste
São instaurados regimes pró-comunistas em muitos casos de forma pouco legítima
– impostos pela potência dominadora, a URSS (salvo raras excepções como a
Jugoslávia e a Albânia onde os líderes comunistas conquistaram o poder).
A União Soviética rejeitou o Plano em nome de todos os Estados socialistas já que o considerava uma ingerência do imperialismo capitalista destinada a destruir a construção do socialismo. Reforça a sua influência sobre todos os países comunistas criando, em Setembro de 1947, a Kominform, um Partido Comunista único, que permite uma aceleração do processo de transformação dos países da Europa de
Leste em democracias populares.
Esta solidificação