A ética do estudante de direito - Nalini
Em um contexto, em que se espera do jurista a prática do que é moralmente certo e ético, e que os Tribunais de Ética da OAB recebem diversas denúncias de comportamentos inadequados, por parte de advogados e outros operantes do Direito. Obras como: A ética do Estudante de Direito, de José Renato Nalini, se faz necessária para o entendimento e reflexão acerca do tema.
No primeiro capítulo, Nalini pontua a dificuldade de ensinar valores, como verdade, lealdade, companheirismo e solidariedade à quem nasce em uma sociedade competitiva, cujo egoísmo e hedonismo são as principais características.
Segundo Nalini, “...Se a humanidade não se converter e não se vivenciar a solidariedade, pouca esperança haverá de subsistência de um padrão civilizatório preservador da dignidade.”
Mesmo não se estimulando o comportamento ético, o exigimos das pessoas e profissionais de todas as áreas, sobretudo dos estudantes, bem como atuantes do campo do direito, cujo núcleo de atuação é lidar com o que é certo e o que é errado. Porém, o mesmo estudante que por toda a infância e adolescência não aprendeu o que é limite, a viver de acordo com o que é correto, é o que ingressa nos estudos do direito, o que gerou a necessidade da criação de disciplinas, como Ética Geral e Profissional, nos currículos das Faculdades de Direito, buscando a reversão de valores e a formação do profissional ético.
Capítulo 2 - Deveres para consigo mesmo
Nalini inicia o segundo capítulo afirmando que “Os princípios que regem a conduta humana devem contemplar, em primeiro lugar, os deveres postos em relação a própria pessoa” e que “...o dever de subsistir, ínsito e o de se apresentar em condições compatíveis com o local, momento e circunstâncias”. Atualmente, não é fácil, como já o foi, distinguir o estudante de direito, dos demais estudantes de outras áreas, devido às informalidades ao qual se habituou atualmente, creditando que o mais importante do que a forma