A Ética de Espinosa
.Quem foi Espinosa.
Baruch de Espinosa foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes. Nasceu em Amsterdã, Na Holanda, numa família judaica portuguesa em 24 de novembro de 1632 e morreu em 1677 e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno (estudo e a investigação das escrituras bíblicas que procura discernir e discriminar julgamentos sobre essas escrituras). .Ética de Espinosa.
A Ética é uma obra póstuma, ou seja, foi publicada depois da morte de Espinosa, é escrita em Latim e é demonstrada segundo a ordem geométrica e dividida em cinco partes: I - Primeira parte - Deus II - Segunda parte - A Natureza e a Origem da Mente III - Terceira parte - A Origem e a Natureza dos Afetos IV - Quarta parte - A Servidão Humana ou A Força dos Afetos V - Quinta parte - A Potência do intelecto ou a Liberdade Humana Espinosa não faz a separação entre corpo e alma, como na filosofia dualista de Descartes, ele entende que o mundo mental e o físico coexistem numa mesma substância. Por isso sua filosofia ficou conhecida como panteísta ou monista. A única substância infinita é Deus e, apesar de denominar assim a substância, Espinosa não está falando do Deus judaico-cristão, pois não tem vontade ou finalidade, não é um ser que comanda todas as coisas lá do alto e que merece um culto ou uma prece.
Espinosa rejeita e refuta as explicações do mundo com base no finalismo ou no idealismo, em todas as suas versões medievais, modernas e contemporâneas. As causas finais não passam de ficções, projeções antropomórficas sobre a realidade. Sequer as ações humanas explicam-se por causas finais, mas tão-somente pelas causas eficientes que articulam as coisas singulares. Não há plano divino, decretos de providência, sistema moral, ordem supra real, nenhum modelo de dever-se que possa ser aplicado sobre o plano do ser — que é o plano de imanência absoluta. Mais do que um engodo