Resumo da segunda parte da Ética de Baruch Espinosa
Os pensamentos são singulares, ou seja, são modos de exprimir a natureza de Deus, porém o atributo desse pensamento também pertence a Deus, por isso dizemos que o pensamento é m dos atributos infinitos de Deus e, por conseguinte podemos dizer que Deus é uma coisa pensante. Essa proposição é ainda mais evidente pelo fato de sermos ser infinito pensante, isso nos leva a dizer que necessariamente pensamos de forma infinita somos infinito em relação ao pensamento (p 48).
A ideia de Deus do qual decorre uma infinidade de coisas não pode ser senão única. O ser formal reconhece Deus por causa, na medida em que ele é considerado coisa pensante e não na medida em que se apresentam outros atributos, ou seja, as ideias tanto dos atributos de Deus como das coisas singulares, reconhecem não os a ideia dos objetos, mas sim Deus na medida em que a coisa é pensante (p 49).
Nas definições I e III da segunda parte da Ética, Spinoza afirma que corpo e alma são modos pelos quais se expressam os atributos divinos ou a extensão e o pensamento. Mas, assim como os atributos, corpo e alma não são separáveis enquanto substancialidades distintas, mas exprimem a mesma substância mediante distintas considerações. Deste modo, se a idéia nada mais é que a idéia ou o exercício do pensamento sobre o corpo próprio, não é possível que eu possa julgar segundo o meu entendimento separado do meu corpo. Spinoza afirma que tenho sim a consciência dos meus próprios apetites, mas não posso separar-me completamente do mundo para julgar segundo meu livre-arbítrio (p 48,49).
Na proposição XIII do segundo livro da Ética, Spinoza afirma que “o objeto da idéia que constitui a alma humana é o corpo, ou seja, um modo determinado da extensão existente em ato, e não outra coisa”, ou seja, a alma é idéia do corpo e é esta mesma idéia de uma coisa extensa que a constitui (pela proposição XI do