641 859 1 PB
UNISUL, Tubarão, v. 4, n. 7, p. 65 - 78, Jan./Jun. 2011.
By Zumblick
DA ÉTICA DO DEVER-SER A ÉTICA DO DIÁLOGO
Wellington Lima Amorim1
Sérgio Ricardo Gacki2
RESUMO
Este artigo tem o objetivo de demonstrar a aparente contradição do pensamento hegeliano. A tentativa de Hegel é unir a substância de Espinosa com o “Eu” de Kant, ou seja, necessidade e contingência. Como sabemos este projeto é inacabado, e um operador modal, ou seja, um dever-ser cósmico mais fraco que o dever-ser kantiano perpassando todo o sistema, não resolve esta questão.
Refletir sobre esta problemática nos conduz ao conceito de ética do diálogo em Gadamer sendo possível nos levar em direção a uma estrutura ética intersubjetiva. Portanto, deve-se postular tal questão "ab initio” para justificar o caminho da presente argumentação, que ao reconhecer essa dimensão de encontro do humano, defende o diálogo hermenêutico como cerne dessa estrutura ética. Em Gadamer existe um convite para um reconhecimento do que esta em jogo: o diálogo. No horizonte da perspectiva hermenêutica, o diálogo constitui-se em uma práxis, uma postura fundamentalmente ética.
Palavras-chave: Hermenêutica. Ética. Dever-ser
THE ETHICS OF MUST BE TOWARD ETHICS OF DIALOGUE
ABSTRACT
This paper intend to demonstrate the apparent contradiction of Hegelian thought. Hegel's attempt is to unite with the substance of Spinoza and whit the “I free” of Kant, in other words, necessity and contingency. As we know this project is unfinished, and a modal operator, ie, a “must be” cosmic being weaker than the “must be” Kantian permeating the whole system, does not resolve this question.To reflect about this problematic leads us to the concept of ethical dialogue in Gadamer and you can take us toward an intersubjective ethical structure. Therefore, one must postulate such question “ab initio’ to justify the way of this argument,