Avaliação da depressão e do estilo de vida de idosos hipertensos
Nota-se que com a diminuição dos níveis de fecundidade no Brasil o processo de envelhecimento populacional torna-se mais acelerado.
As doenças cardiovasculares lideram o ranking como a principal causa de morte entre os Brasileiros, principalmente tratando-se de idosos.
Estudos mostram que indivíduos com hipertensão arterial sistêmica tendem a desenvolver algum grau de depressão (leve, moderada, moderada a grave, grave ou ausência de depressão), sugere-se que os sintomas depressivos podem estar relacionados ao ligeiro aumento na pressão arterial, fazendo com que haja repentinas e severas mudanças no cotidiano dos doentes. Como por exemplo, alimentar-se bem com uma dieta adequada, praticar exercícios regularmente, reduzir o consumo de álcool e dar fim ao tabagismo.
O objetivo principal desta pesquisa/estudo foi verificar se há realmente alguma associação da depressão com o nível de atividade física, uso de bebidas alcoólicas e tabagismo entre idosos que apresentam hipertensão arterial sistêmica.
A pesquisa apresenta caráter quantitativo e foi realizada em uma Unidade de Estratégia de Saúde da Família, no sul de Minas Gerais, no período total de um mês, correspondente a junho a julho de 2011.
A população de estudo foi de 300 idosos de ambos os sexos, porém somente 102 fizeram parte da amostra do tipo não-probabilística, pois se encaixaram nos critérios listados abaixo:
- Ter 60 anos ou mais;
- Ser residente do Município;
- Ser cadastrado como hipertenso;
- Ter disponibilidade;
- Aceitar participar como voluntário;
Os dados foram coletados através de visitas domiciliares. Foi realizado um questionário semiestruturado com 10 questões envolvendo temáticas sociodemográficas, dados de saúde, uso de medicamentos e presença de comorbidades. Para avaliação da depressão foi usado o Inventário de Depressão de Beck composto por 21 questões. No estilo de vida foram avaliados três principais pontos: