Envelhecimento e sociedade
O envelhecimento da população mundial, e o aumento da expectativa de vida, fruto dos avanços tecnológicos na área da saúde e pelas baixas taxas de natalidade nos traz vários questionamentos. Dentre eles: como proporcionar um ambiente favorável para um envelhecimento saudável? É possível que o Idoso moderno possa ser um indivíduo sadio do ponto de vista biológico, psicológico, motor e social? O envelhecimento é, sem dúvida, um processo biológico cujas alterações determinam mudanças estruturais no corpo e, em decorrência, modificam suas funções. Porém, se envelhecer é inerente a todo ser vivo, no caso do homem, esse processo assume dimensões que ultrapassam o simples ciclo biológico, pois pode acarretar conseqüências sociais e psicológicas, conforme afirma Okuma (1998), podendo ser desencadeado por uma série de fatores como estilo de vida, genética, doenças crônicas entre outros (MAZZEO et al, 1998 citado por PASSOS e OLIVEIRA, 2001). Com aumento dos óbitos causados por doenças crônico-degenerativas e causas externas,as doenças cardiovasculares são as causas mais comuns de morbidade e mortalidade em todo o mundo, entre os fatores de risco para doença cardiovascular, encontra-se a hipertensão arterial. Estima-se que a hipertensão arterial atinja aproximadamente 22% da população brasileira acima de vinte anos, sendo responsável por 80% dos casos de acidente cérebro vascular, 60% dos casos de infarto agudo do miocárdio e 40% das aposentadorias precoces, além de significar um custo de 475 milhões de reais gastos com 1,1 milhão de internações por ano (ZAITUNE et al, 2006). A hipertensão arterial, quando não controlada, pode causar uma série de outras complicações, como hipertrofia ventricular e infarto do miocárdio. Ela sofre influência multifatorial, com destaque para o estilo de vida. Os indivíduos com hipertensão arterial devem adotar um estilo de vida saudável e diante dessas conclusões, é cada vez mais freqüente o interesse