A água rasa
Calvino, Ítalo- Porque ler os clássicos?
A palavra clássico impõem respeito
2 grandes matrizes do pensamento ocidental:
Bíblica (hebraica) x A lisiada (grega)
Maior clássico Tragédia
Modo Bonito
O mundo ocidental é o encontro da cultura grega com a hebraica, pois na bíblia existe criação, queda, sofrimento e redenção.
Na concepção grega existe a ideia de que deus faz o que quer conosco e de que as moiras que são cegas tecem nosso destino, então qual seria nosso destino se ele é tecido por cegas?
Diferente da bíblia, na tragédia não salvação, você vais sofrer.
Dionizio ( deus grego) se vinga das pessoas e tem caráter humano ( possuem desejos próprios) e jesus ( figura bíblica) não se vinga e deseja o melhor para os humanos
Calvino diz que o clássico nunca acaba de dizer o que tem para dizer, é interminável, pois depende da época em que você lê você entende de outra forma. Assim, estamos sempre relendo com a sensação de estarmos lendo pela 1 vez
Ex: Cena de Hamlet, onde se depara com a vanita e pergunta para onde o bobo da corte foi. Esta cena mostra que nos deparamos com esta cena em vários momentos da vida, mas, encaramos a morte com diferentes conceitos e, cada fase da vida.
A bíblia tem noção de temporalidade, progresso. Na tragédia o tempo não passa não ha uma historia progressiva, é ela cíclica (tempo não é pensado como acumulo de progresso)
No mundo bíblico o mundo esta avançando. Assim, aprendemos com o passado para mudar o futuro.
A tragédia aparece quando ha crise de sentido. O capitalismo é visto as vezes como trágico
Lembra a noção de dobras da memoria do Santo Agostinho, pois percebe a noção de inconsciente ao dizer algo que você sabe e que exerce influencia sobre nos, sem nos sabermos.
Calvino recupera o conceito de consciente coletivo para dizer que os clássicos estão nessas dobras da memoria. Ao dizer que os clássicos estão num cultural coletivo, um