A Vontade Geral De Rousseau
ESCRITO POR ORLANDO BRAGA | 13 FEVEREIRO 2013
ARTIGOS - MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO
“(Rousseau) é o pai do movimento romântico iniciador do sistema que infere, de emoções humanas, factos não-humanos, e inventor da filosofia política de ditaduras pseudemocráticas como opostas a monarquias absolutas. Desde então, os que se julgavam reformadores ou o seguiam a ele, ou seguiam Locke. Às vezes cooperavam e muitos não viam incompatibilidade, que se tornou pouco a pouco evidente.Hitler é vergôntea de Rousseau; Roosevelt e Churchill, de Locke.”
Bertrand Russell, “História da Filosofia Ocidental”, página 627; Livros Horizonte, Lisboa, 1966.
As notas biográficas de Russell em relação a Rousseau são reveladoras da mente doentia do pensador francês, mas este assunto ficará para outra ocasião. Vamos, em vez disso, falar do conceito rousseauniano de “Vontade Geral”.
O Contrato Social
O contrato social de Rousseau aproxima-se mais do de Hobbes do que de Locke. O contrato de Rousseau defende a “alienação total” dos direitos de cada um em favor da comunidade:
“Se houvesse indivíduos com certos direitos, não havendo superior comum para decidir entre eles e o público, cada um deles, juiz de si mesmo, pretenderia sê-lo dos outros. Continuar-se-ia o estado de natureza, e a associação necessariamente se tornaria inoperante ou tirânica” (“Contrato Social”, 1762).
Como se verifica hoje na União Europeia, onde o socialismo aplica à letra o contrato de Rousseau e sobretudo o conceito vago de “Vontade Geral”, isto implica uma progressiva mas completa erradicação da liberdade e rejeição dos direitos do homem.
“O soberano não pode lançar aos súbditos cadeias inúteis à comunidade, nem sequer desejá-lo.” (Rousseau, idem).
O soberano, segundo Rousseau, não é o monarca ou o governo, mas a comunidade como entidade metafísica e não presente em qualquer órgão visível do Estado. A “vontade do soberano” é a “Vontade Geral”.
“Vontade Geral”
Segundo Rousseau, cada cidadão,