A Vivência dos Profissionais de Saúde com o Processo Morte e Morrer e suas Implicações na Percepção de tal Fenômeno
Palavras-chave: Morte, Morrer, Percepção, Profissionais de saúde.
1. Introdução
A morte é fonte mobilizadora do ser humano desde épocas remotas e traz atrelada a suas representações, diversas conotações que perpassaram os liames do tempo e se modificaram no decorrer da história.
Philippe Àries (1974), apud Aquino et al (2010), discorre sobre a trajetória histórica da morte na cultura ocidental e demonstra que até o século XVIII não representava temor, era vivenciada em casa, ao redor dos familiares incluindo as crianças, em cerimônias públicas e constituídas de forma organizada pelos próprios moribundos. Era a morte “domada”, tratada de forma natural, familiar e sem questionamentos através de rituais que seguiam as liturgias religiosas e culminavam em enterros fora das cidades e sem caráter dramático. “A morte domada é a morte típica da época medieval. O homem sabe quando vai morrer, por certos avisos, signos naturais ou por uma convicção interna” (KÓVACS, 2010, p.32) (2).
Ainda segundo Àries (1974), apud Aquino et al (2010), o cerimonial de partida nesse período envolvia