A vida dos outros- Análise do filme
No período denominado a Alemanha encontra-se na Guerra Fria, logo o lado comunista para impedir que informações vazassem para o lado ocidental e capitalista investiga vida privada de pessoas que apresentem possíveis ameaças ao seu sistema.
Nesse contexto, o ministro da cultura da Alemanha Oriental (Bruno Hempf) ordena a Gen Wiesler que investigue a vida de um escritor chamado Dreyman, pois até o dado momento ele não havia escrito nada que criticasse a própria Alemanha Oriental, o que era estranho, visto que, esse escritor estava envolvido num emaranhado de relacionamentos onde seus amigos estavam quase todos envolvidos em um histórico de críticas ao regime comunista vigente.
A narrativa proposta pelo filme está diretamente ligada ao contexto histórico do próprio lócus ao qual o filme está inserido. O diretor mergulha na estrutura da Stasi. Mostra como eram os interrogatórios, a tecnologia usada pelo regime político, as relações de interesse e hierarquia que envolvem a organização e a própria vida privada de seus funcionários.
O ensinamento no ponto de vista de uma narrativa histórica, aquela propriamente relacionada ao ofício do historiador, mostra como a produção de documentos pode ser manipulada pelas fontes e que para fazer uma pesquisa histórica é necessário pesquisar e confrontar múltiplas fontes, visto que o historiador tem compromisso com a verdade e para a pesquisa ser de qualidade ela, a verdade, precisa está presente.