A vida de um semem
O processo de escolha do tema da campanha teve início em 15 de outubro de 2010. Nesse dia, o Setor Pastoral da Mobilidade Humana da CNBB começou a coletar assinaturas para um abaixo-assinado que solicitava que o tema fosse Tráfico de pessoas e trabalho escravo,[3] uma condição a que estão submetidas cerca de 27 milhões de pessoas em todo o mundo.[4] Para justificar essa escolha, a proposta apontava para o grande número de denúncias envolvendo o tráfico de mulheres, crianças e adolescentes no Brasil. Destacava também que o combate ao tráfico de pessoas e ao trabalho escravo foi adotado como meta pela Organização Internacional do Trabalho, dentro da perspectiva denominada Trabalho Decente.[5] Os proponentes mencionavam ainda que a escolha desse tema, daria uma "contribuição significativa para o avanço do processo de erradicação dessas práticas e a criação de políticas e programas de ação social que assistam e recuperem suas eventuais vítimas".[3]
Dois meses depois, uma outra campanha de coleta de assinaturas foi lançada, propondo que o tema fosse Juventude. Essa iniciativa, liderada por Dom Eduardo Pinheiro da Silva, bispo referencial do Setor Juventude da CNBB, tinha como meta reunir um milhão de assinaturas em favor dessa