a transnacionalização do mercado de trabalho
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O autor Boaventura de Souza Santos , no capítulo sobre a transnacionalização do mercado universitário nos mostra que a transformação da educação superior em mercadoria educacional é um projeto de longo prazo, mas já em curso, que se deve ao enorme e crescente potencial financeiro da educação, que é um desenvolvimento global, que atinge a universidades públicas e privadas. A economia do conhecimento exige cada vez mais profissionais qualificados, que tenham criatividade no uso das informações, profissionais que estejam sempre em processo de reciclagem e ai que a universidade se destaca, na formação destes profissionais. Essa é a idéia para a sobrevivência das universidades: sociedade de informação e economia do conhecimento. O Banco Mundial propõe que esse tipo de gestão deve estar presente na relação entre trabalhadores do conhecimento e utilizadores, consumidores desse conhecimento. As universidades públicas devem se adaptar ao conceito de universidade empresa, para que aja concorrência entre os produtores de ensino, que sirva de estimulo para adaptação na formação continuada para melhor ensino, e para uma busca de novos nichos de consumo para melhor retorno do capital investido. A liberdade acadêmica é vista como um obstáculo para que a universidade se considerar empresa, essa deficiência se encontra principalmente nas universidades públicas onde o poder dos docentes é maior e deve ser transferido para os administradores. Esses administradores devem ser treinados para formar parcerias com agentes privados oportunizando a ampliação e a diversificação de oferta de ensino, para que se possam combinar ganhos com maior acesso à universidade. Existem ainda alguns percalços como a necessidade de mão de obra qualificada que ainda não é suficiente, a incapacidade dos governos em satisfazer a crescente procura na educação superior, a mobilidade dos estudantes, docentes e programas, a difusão dos meios eletrônicos. Para sanar esses entraves e