A Terra da Cocanha

Caxias, a Terra da Cocanha por Diogo Elzinga

A cultura italiana nunca esteve tão viva na memória dos caxienses como estará nos próximos dias. Trata-se do Som & Luz, o espetáculo cênico da Festa da Uva que conta a saga da imigração europeia na região da uva e do vinho. A partir de abril, deste ano, todas quintas-feiras e sábados, às 20 horas, nos pavilhões da Fest’uva, será exibida esta linda história que, segundo fãs, produtores e, até mesmo autoridades, nunca esteve tão brilhante como promete estar nesta edição
Desde que começou o espetáculo do Som & Luz, há 14 anos, o evento teve muitos problemas. Em alguns anos não era exibido, em outros anos não era bem divulgado, mas a vontade de um algo maior sempre existiu. Foi então que, em 2012, a história mudou. O artista, e também diretor, Davi de Souza, em conjunto com a produtora de tv e cinema e publicitária, Duda Rocha, foram ‘confiados’ a dirigir um espetáculo cênico, totalmente reformulado, em apenas 15 dias.
O desafio era grande, mas a vontade de prosseguir também era. Todo o espetáculo, renovado, foi embasado na obra de Pozenato, “A Cocanha”, e teve que ser adaptado para uma encenação de cerca de 60 minutos, onde seriam utilizados todos os elementos épicos das réplicas de Caxias do início do século XX, dezenas de figurantes de descendência italiana, e atores contratados para guiar o espetáculo e dar vida às cenas. Duda, se refere a uma “situação divina” pelo fato de ter encontrado os cerca de 80 figurantes com características exatas para a representação dos devidos papeis no espetáculo, mas, segundo ela, nada disso teria sido possível se o secretário da Cultura, João Tonous, não tivesse indicado um grupo de pessoas da comunidade de São Valentin, de Flores da Cunha, e também de Ana Rech, que não conseguiram participar do corso alegórico na Avenida Sinimbu por causa dos horários apertados.
Tudo definido, iniciaram-se os ensaios. Durante duas incansáveis semanas, todos que estavam por trás da encenação