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O PENSAMENTO GEOGRÁFICO DURANTE A IDADE MÉDIA

Freed Vieira Ribeiro

Ao buscarmos na evolução do conhecimento geográfico, observamos a ausência de referências geográficas e de geógrafos no período correspondente á Idade Média no território europeu. FERREIRA & SIMÔES (1986) consideram que com a queda do império romano e a difusão do cristianismo inciou-se um período de regressão no conhecimento científico e, em conseqüência, no conhecimento geográfico. Afirmam ainda que Ptolomeu teria sido o último geógrafo, com a consciência de que a terra era esférica, até o século XV. A concepção de que lugares lendários não são objeto de uma análise por parte da ciência geográfica responde em grande parte a insensibilidade dos geógrafos em relação a esse temário. Entretanto, ao estudarmos os "pensamentos medievais’’ e lugares lendários observamos existir uma "geografia’’ voltada a descrevê-los. Ao analisarmos obra sobre a história da geografia observamos que muitos geógrafos da idade média referem-se ao Plínio, o velho, ou a Pomponio Mela. Ao no reportarmos a esses dois últimos autores encontramos figuras míticas, lugares lendário e uma imagem de mundo elaborada a partir de geógrafos mais antigos. Um bom exemplo é folhear obras como a de Bunbury (1959), Thomson (1965) ou de Tozer (1971) e encontrar referências ao Períplo de Hanmo ou a Scylax de Carianda. Ambos foram responsáveis por dois tipos de literatura, a de périplos e a de viagens, que colocavam lado a lado informação sobre lugares e uma incrível relação de fenômenos estranhos e paradoxais. Nenhum dos historiadores da geografia citados acima deixaram de considerar os antigos geógrafos como fazendo parte do processo de conhecimentos da ciência devido a esse fato que se tornou lugar comum desde os tempos antes de cristo. A atração pelo exótico e pelo estranho parece ser uma característica que foge á esfera da geografia e ao momento histórico determinado. Uma grande discussão travada entre historiadores e estudiosos da

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