A TEORIA DA FIRMA
A partir de Alfred Marshall, vários modelos que podem dar forma ao comportamento das firmas e do mercado vêm sendo experimentados pela teoria econômica, sem êxito. Isto porque persistem controvérsias importantes acerca do papel das diferentes forças que influenciam o crescimento e nos objetivos da firma.
Ao analisarmos o papel das empresas em uma economia de mercado e suas diferenças conceituais, metodológicas e ideológicas; principalmente no contexto histórico das correntes teóricas que estudam a firma, perceberemos uma grande carência de respostas objetivas e empíricas acerca do seu funcionamento.
Talvez o grande fundamento que possa justificar tal dificuldade esteja pautado na grande distancia conceitual entre a realidade econômica vivida pelas empresas e as teorias que procuram decifrá-las, tornando clara a necessidade da união entre a teoria e a prática e explicitando que a atenção às dificuldades históricas de captar a complexidade e diversidade da conceituação de peça tão importante do capitalismo, possa contribuir para elucidar a origem destas divergências.
Portanto, é imperioso que tratamentos conceituais que identifiquem paradoxos e justifiquem novas conceituações para o padrão de crescimento da firma e da estrutura da indústria, apontem para o contexto histórico e empírico entre suas realidades e análises históricas de teóricos. Fato que contribuirá substancialmente para o trato da dinâmica que interfere na atemporalidade e universalidade costumazes do mercado capitalista, principalmente quanto aos modos de organização da produção dominantes e como tais mudanças interferem nas limitações das teorias existentes.
1. CONCEITO
De acordo com o conceito criado pelo economista britânico Ronald Coase, em seu artigo The Nature of Firm, de 1937, o lado da oferta de mercado é de responsabilidade das firmas através da produção de bens e serviços. Desta forma, as firmas são de extrema importância para os mercados pois reúnem, o capital e o