A TEMPESTADE
(ESTROFES 70 A 94 – CANTO VI)
APROXIMAÇÃO DA TEMPESTADE
70. O mestre apercebe-se da mudança do tempo e alerta os marinheiros que estavam atentos à narrativa de Fernão Veloso. A primeira ordem do mestre é para meterem as velas mais altas.
DESCRIÇÃO DA TEMPESTADE
71. O mestre manda amainar a vela grande, mas a manobra não é executada a tempo de evitar que o vento a desfaça.
72. Com a destruição da vela grande, a água do mar invade a nau e o mestre ordena aos marinheiros, medrosos e confusos, que deem à bomba para se livrarem dela.
73. Os marinheiros correm para dar à bomba, mas a agitação do mar, que sacode as naus, fá-los cair. A violência da tempestade é tal que a força de três homens não chega para segurar o leme e têm de segurá-lo com cordas.
74. A força dos ventos é tal que poderia derrubar a Torre de Babel. As ondas crescem de tal forma que custa a crer como a nau ainda não se afundou.
75. Ouvem-se os gritos e orações dos marinheiros da nau de Paulo da Gama, que está alagada e cujo mastro partiu, e da nau de Nicolau Coelho.
76. Descrição da agitação das ondas e da violência dos ventos.
77. Reação dos animais marinhos: As aves cantam tristemente e os golfinhos escondem-se no fundo do mar.
78. Descrição da violência dos raios e relâmpagos, comparados ao maior dilúvio da mitologia.
79. Consequências da tempestade: Os montes são derrubados pelas ondas, as árvores arrancadas pelos ventos e as areias revolvidas pela força do mar.
SÚPLICA DE VASCO DA GAMA
80. Vasco da Gama, vendo-se já perto do fim da viagem e receando pela vida, começa a rezar.
81. Reza à «Divina Guarda».
82. Argumenta que aquela é uma viagem ao serviço de Deus.
83. Termina a sua oração comparando a sua sorte, se morrer, à dos Portugueses que morreram a lutar contra os Mouros.
84. Continuação da descrição da tempestade.
INTERVENÇÃO DE VÉNUS
85. No céu, Vénus apercebe-se da tempestade que ameaça os seus amados Portugueses e sente-se dominada pelo «medo» e