A síndrome de burnout
A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado no Grupo V da CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde). Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso. A dedicação exagerada à atividade profissional é uma característica marcante de Burnout, mas não a única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a autoestima pela capacidade de realização e sucesso profissional.
2. FASES DO BURNOUT
O quadro evolutivo da Síndrome de Burnout tem quatro fases de manifestação: 1° fase - Falta de vontade, animo ou prazer de ir a trabalhar. Dores nas costas, pescoço e coluna. Diante da pergunta "o que você tem?", normalmente a resposta é "não sei, não me sinto bem". 2° fase - Começa a deteriorar o relacionamento com outros. Pode haver uma sensação de perseguição ("estão todos contra mim"), aumenta o absenteísmo e a rotatividade de empregos. 3° fase - Diminuição notável da capacidade ocupacional. Podem começar a aparecer doenças psicossomáticas, tais como alergias, psoríase, picos de hipertensão, etc. Nesta etapa começa-se a automedicação, que no princípio tem efeito placebo, mas, logo em seguida, requer doses maiores. Neste nível tem se verificado também um aumento da ingestão alcoólica. 4° fase - Esta etapa caracteriza-se pelo alcoolismo, drogas, ideias ou tentativas de suicídio, podem surgir doenças mais graves, tais como neoplasia (cancro), acidentes cardiovasculares, etc. Durante