Síndrome de Burnout
Situações de estresse podem aparecer em qualquer etapa da vida, principalmente relacionadas às atividades laborais. Entretanto, torna-se preocupante a partir do momento em que esse estresse alcança um nível alarmante a ponto de o trabalhador entrar em um estado de esgotamento físico e mental, cuja causa está intimamente ligada à vida profissional. Esta condição é denominada Síndrome de Burnout.
Segundo o Dr. Miguem Cendoroglo Neto em seu artigo, a doença atinge, em média, 4% da população mundial economicamente ativa e é mais prevalente entre as mulheres por serem mais pressionadas por razões biológicas e, também, por questões sociais, uma vez que, no geral, são cobradas pelo bom funcionamento do lar. Costuma ser mais incidente em áreas como enfermagem, médica, policial, dentre outras. É uma doença silenciosa que pode progredir por vários anos consecutivos. A pessoa descuida da vida pessoal diminuindo o convívio com a família, deixando de lado o lazer por querer se dedicar mais ou totalmente à profissão. Consequentemente, a sobrecarga de trabalho, a pressão e a correria cotidiana fazem com que a exaustão se intensifique e o quadro piore, levando, assim, o indivíduo a um isolamento e, o mesmo, acaba por se desligar emocionalmente da profissão. A Síndrome de
Burnout traz consequências graves à saúde física e psíquica. Ressalta “A ideia errônea de que o estresse contínuo é algo normal torna ainda mais complexa a busca de ajuda especializada e o consequente diagnóstico da Síndrome de
Burnout.”.
Além do descaso crescente em relação aos cuidados de si, a doença é caracterizada pela negação dos problemas e o não enfrentamento de situações que o incomodam, como afirma Juliana Spinelli Ferrari, graduada em psicologia pela UNESP. O sujeito também passa a descartar coisas importantes como se fossem inúteis. Nessa fase, pode-se definir como uma espécie de colapso físico e mental que pode ser considerado quadro de emergência médica ou