A sociologia no Brasil nos anos 50 a partir de Guerreiro Ramos e Florestan Fernandes
Centro de Ciências Sociais Aplicadas
Curso de Ciências Sociais
Luiz Filipe Rodrigues dos Santos1
A sociologia no Brasil a partir de Guerreiro Ramos e Florestan Fernandes
O contexto em que o Brasil se encontra na metade do século XX é de um país que acelera a modernização através do processo de industrialização e urbanização, produzindo assim novos debates e novas reflexões no campo das Ciências Sociais. Diante desse momento, cresce o debate sobre a sociologia brasileira. Principalmente pelas divergências dos estudiosos da área. Os intelectuais que principia esse debate, com novas reflexões, são Guerreiro Ramos e Florestan Fernandes.
A década de cinquenta é marcada por um ambiente sociopolítico do Brasil no que se refere a sua modernização. Essa modernização foi puxada no inicio dos anos trinta no Governo de Vargas, mas é no Governo de Juscelino que a indústria de base, a urbanização e inserção do país na modernidade que ganha força. A politica do então governo era modernizar o país em cinco anos no que levaria 50 anos. A forma utilizada para esse “sonho” foi trazer a cultura americana e europeia para o solo brasileiro afim de que todos pudessem acompanhar essa ruptura que ocorria. O Estado assume o papel da burguesia, criando diversos órgãos, como também fazendo parcerias, que contribuíssem para aceleração do crescimento. Dentre os principais órgãos, tínhamos a Comissão Econômica Para a América Latina – CEPAL e o Instituto Superior de Estudos Brasileiros – ISEB.
O ISEB iniciou suas atividades nos primeiros anos da década de 50. Seus objetivos eram disseminar a ideologia da modernidade, priorizando o que era necessário para se estudar naquele momento. Inserido nesse instituto, se encontra Guerreiro Ramos sempre defendeu a sociologia como saber engajado. Em sua perspectiva o objetivo da sociologia é emancipar o individuo, o tornar capaz de compreender a dinâmica social, se preocupar e entender de assuntos sociais e