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O que é aberto e o que é fechado? E o que faz da rede segura?
Apple, Google, Internet Móvel, Microsoft
10 de fevereiro de 2010 20h09
Vários leitores questionaram – nos comentários, no Twitter – minha afirmação de que um padrão fechado pode ser mais seguro do que um aberto. E questionaram com toda razão: é tanto uma afirmação ambígua quanto polêmica.
É fácil sacar um exemplo honesto, óbvio: Microsoft. Do Windows ao Internet Explorer, passando pelo MSN Messenger, são tantos os problemas de segurança conhecidos e documentados nos produtos MS que a empresa de Bill Gates deve ter algum tipo de recorde de insegurança digital.
Minha afirmação foi também ambígua porque “aberto” e “fechado” quer dizer muitas coisas.
Programas de código aberto são softwares que qualquer programador pode fuçar, mexer, revirar. Quando são programas populares – o sistema operacional Linux é o exemplo mais evidente –, existem muitos programadores trabalhando e checando uns os trabalhos dos outros o tempo todo. O resultado é que tornam-se programas mais seguros por terem sido melhor testados.
Para programas populares, é uma fórmula eficiente. Para softwares de código aberto que contam com poucos programadores empenhados no desenvolvimento, isso já não é tão verdade. A publicação do código fonte, portanto, pode trazer segurança. Mas não é garantia.
O Microsoft Windows não é um programa de código aberto. Ao contrário: seu código fonte é secretíssimo. Também é um software mais mal do que bem escrito. É injusto que ponham a culpa da insegurança do Windows no fato de ser código proprietário. É código ruim porque os padrões de qualidade da Microsoft são notadamente frouxos.
Outras software houses produzem bons programas fechados.
O código do Windows pode ser fechado. Mas a plataforma é aberta. Ou seja: qualquer um pode escrever programas para o universo Windows. Alguns bons, outros nem tanto. Alguns de código aberto, outros fechados.
O Google está construindo para si uma plataforma aberta.
Muito