A sociedade no Brasil no tempo dos engenhos
A produção de açúcar foi à primeira atividade econômica organizada no Brasil através de Martin Afonso de Souza em 1532 e se manteve durante dois séculos.
Essa iniciativa teve como objetivo a ocupação das terras conquistadas para defendê-las e também explorar suas riquezas e para isso contou com o investimento do Governo de Portugal na lavoura de cana de açúcar por ser um produto valorizado no comércio europeu. Com o pacto imposto por Portugal o Brasil só poderia comercializar com a metrópole sem concorrer com os produtos produzidos lá.
Devido à falta de recursos financeiros para montar o engenho, comprar escravos, refinar e transportar a matéria prima, o açúcar foi à base que sustentou o Brasil na economia brasileira e a colonização durante os séculos XVI e XVII.
Esse período teve característica principal à monocultura centralizada em poder dos Senhores de engenho tanto na vida social como na econômica e política. Devido ter a posse das terras e escravos para a mão de obra, além do trabalho de pessoas livres remuneradas como os artesãos, funcionários públicos, militares, feitores, comerciantes, etc. o engenho era autossuficiente porque mantinha funcionários e escravos e a eles era oferecido auxílio e proteção.
Outros tipos de pessoas livres que também dependia do engenho eram os pequenos proprietários de terras que plantavam e dependiam dos engenhos para processar a cana.
Foi no Nordeste que se concentrou a maior produção de açúcar devido ao solo e clima favorável. Os engenhos como eram conhecidos os centros grandes de propriedade composta pela casa dos Senhores de engenho, a capela, a senzala e a moenda onde se manipulava a cana de açúcar, etc. O açúcar era enviado a Portugal e depois para a Holanda para o refinamento.
Os escravos trazidos da África a força realizavam a maioria das tarefas no engenho, além do trabalho agrícola ainda assim era considerado de baixa qualificação porque os trabalhos mais