A sociedade medieval

Tratar da ascendência que deu origem ao mundo feudal requer o retorno às origens dos vínculos estabelecidos entre os homens e seus próximos. Um processo que requer a análise desde a cadeia de interdependência que unia esses homens em um laço de parentesco, que forjaram no seu seio o que se tornaria o estado feudal.
O autor concebe o sistema feudal, dividindo o em duas fases, com auges acentuados em cada fase. A primeira idade feudal ocorreu do século VIII ao século X, varias características marcaram esse período. A principal característica que deu origem a varias outras foram as linhagens ou parentesco. Laços esses iniciados nas relações de vassalagem, onde esses homens buscavam o apoio de outros homens. Um laço necessariamente não sanguíneo que visava o apoio de terceiros em suas causas. Nas linhagens ou parentesco, os vínculos derivados das comunidades compreendem um papel fundamental no convívio social, a consangüinidade está presente nas diversas ações que institui esse vinculo familiar. Esse grupo familiar era enorme, porem não era fácil entrar numa linhagem que não fosse a sua, esses grupos eram formados pelos chamados amigos carnais, ou seja, aquele que possui um vinculo sangüíneo. Indivíduos dispostos a se vingarem, caso acontecesse algo á alguém de sua esfera de próximos. Sempre liderados por um chefe onde “toda a linhagem reunida sob o comando de um chevetaige de La guerra (chefe de guerra), pegava então em armas para punir o assassínio ou apenas a injuria de um dos seus.” O parentesco que ligavam as famílias eram muito forte, com tudo era nas vendettas que esses laços de sangue se manifestavam e mostravam toda a sua força.
As vendettas nada mais eram, que as chamadas vinganças de uma família contra a outra, essas vinganças possuía várias ações que iam de injurias até assassinatos e crimes maiores, na época esses grupos “viveram sob o signo da vingança privada”. As vendettas eram questão de honra, por isso, muitos após a morte deixavam em testamento