a sacralidade do templo
Rizzado da Camino
Após a estada no átrio, onde o maçom se despe mentalmente do aspecto profano, isto é, procede à uma desintoxicação completa, libertando-se de qualquer resquício de negativismo, ou seja, afasta de si qualquer mágoa que possa ter para com um irmão seu, adentra no Templo, obedecendo a ordem hierárquica, na "procissão", de conformidade com o Grau Iniciático, a posição administrativa e os usos e costumes da Loja. A entrada é feita pela esquerda, obedecendo o mostrador de um relógio, em marcha ordinária, ou seja, sem o sinal do Grau, e em "fila indiana", isto é, um a um. O Mestre de Cerimônias é quem rompe a marcha, precedendo os aprendizes e os orientando para que ocupem os lugares a eles destinados, procedendo de igual forma para os companheiros e mestres. Compete ao Mestre de Cerimônias guiar a procissão, porque é ele quem "bate à porta" que no ato encontra-se fechada. Antes dos membros do quadro ingressarem no átrio, três irmãos dirigem-se ao Templo, permanecendo no seu interior, a saber: o Arquiteto, o Mestre de Harmonia e o Guarda do Templo Interno. O Arquiteto tem o dever de prover que a Loja se encontre preparada para receber os Irmãos; o Mestre de Harmonia prepara o fundo musical e o Guarda Interna posta-se à porta para abri-la tão logo isso lhe for solicitado. Essas são as disposições normais e racionais que precedem o momento da introdução dos membros do quadro ao Templo. Os três Irmãos que precedem à entrada dos demais, manterão um comportamento apropriado à sacralidade do Templo, isto é, o silêncio, o respeito e a compenetração de suas tarefas. Não se pode esquecer que todo o Templo foi previamente consagrado pelo Grão-Mestre em cerimônia apropriada. Essa "sagração" é um ato único; não se repete quanto naquele edifício funcionar um Templo. Trata-se de um ato litúrgico sagrado que imprime a permanente sacralidade e essa exige o tradicional respeito e a mística decorrente da consagração. Totalmente impróprio