Sagrado e profano
No prefácio tem-se um pequeno histórico das chamadas "ciências da religião", termo este empregado por Max Müller ( séc XIX ). Dentro da história das religiões, o primeiro curso universitário foi criado em genebra em 1873, na Holanda em 1876 e em Paris no Collège de France em 1879. Desta maneira a disciplina – ciências da religião – só teve seu status como ciência autônoma no século XIX, porém já se pode localizar a sua primeira manifestação na Grécia Antiga.
Eliade exemplifica alguns autores da Grécia Clássica, como: Heráclito, Parmênides, Emplédocles, Demócrito, Platão, Aristóteles, entre outros. Localiza também dentro do período helenista ( Epicuro, estóicos, Cícero ), neoplatônico e meados do período cristão ( Santo Agostinho ). Não se restringe somente aos pensadores clássicos europeus, mas como também autores judeus ( Saadia ) e islâmicos ( Averros ). Passa pelo Renascimento ( Ficino, Porfício ), Iluminismo (Rousseau, Creuzer) até cruzar o século XIX, com o impulso de Max Müller ( 1823-1900 ) e chega ao meados do século XIX.
A pretensão de Eliade, além de nos apresentar um pequeno histórico do desenvolvimento da história dos estudos da religião, é de também o de mostrar a abordagem na qual ele e alguns historiadores elegem como método de se estudar a religião. Termina este histórico com o primeiro representante da Fenomenologia da Religião – Geradus van der Leeuw – já no século XX. No último parágrafo, desse prefácio, ele analisa as posturas atuais dos historiadores da religião, em duas