A Russia na primeira guerra mundial
As ferrovias eram insuficientes para a grande extensão do império, tornando difícil o abastecimento das tropas no front, as estradas também eram péssimas e insuficientes e quase sempre cobertas pela neve ou pela lama, e a indústria não tinha condições de atender às necessidades de mobilização. Havia ainda problemas políticos e sociais. O czar e a czarina eram místicos, mentalmente desequilibrados e sempre atendiam às indicações militares e políticas de videntes incompetentes e estelionatários. A alta nobreza era irresponsável, acatando, sem questionar, qualquer decisão mais esdrúxula do czar.
A burocracia civil era incompetente e incapaz de fazer o país funcionar. As tributações eram um fardo pesado para os mais pobres, gerando fome, greves e levantes constantes nas cidades e nos campos. Todos esses focos de tensão obrigavam uma grande parte do exército russo a atuar como policiais, impedindo sua utilização na frente de batalha.
Não refeita da derrota contra o Japão, a Rússia lançou-se numa aventura contra o exército alemão, equipado pela mais poderosa indústria bélica da época. No final de 1916, o exército russo estava próximo da ruptura, perdera cerca de 5 milhões de soldados, entre mortos, feridos, doentes ou aprisionados pelos inimigos. Na falta de soldados experientes, foram convocados camponeses jovens, arrimos de família, gerando descontentamento no campo e preocupações na frente de batalha. Em princípios de 1917. O exército russo era uma enorme massa de soldados cansados, maltrapilhos, famintos e desarmados, desejosos da paz e