A revolução inglesa de 1640
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A REVOLUÇÃO INGLESA DE 1640 INTRODUÇÃO A Revolução Inglesa do século XVII é vista como a primeira manifestação grave da crise do Antigo Regime. A grande conseqüência do movimento foi a severa limitação ao poder monárquico e a consolidação dos ideais burgueses, através do Parlamentarismo, que perdura até os dias de hoje. A Inglaterra, no século XVII, às vésperas do movimento revolucionário, apresentava um extraordinário desenvolvimento econômico. O papel desempenhado pela monarquia inglesa, nesse processo, deve ser considerado como um elemento de relevante importância. Henrique VIII e Elizabeth I, reis ingleses, podem ser apontados como grandes encorajadores das práticas burguesas, uma vez que, durante o reinado de ambos, inúmeras medidas foram tomadas, dirigidas ao crescimento e a evolução do comércio, como a unificação do país, a Reforma Protestante e o confisco das terras da Igreja entre outras. Entretanto, a burguesia começou a ver na Monarquia Autoritária um entrave ao desenvolvimento pleno de suas atividades. O ideal revolucionário surge com a ideia de impor limites ao Rei, instalando a Monarquia Constitucional Parlamentar, que passaria a representar os interesses burgueses. A sociedade inglesa do século XIX encontrava-se em expansão e, regionalmente, dividida em regiões econômicas, que acabavam por definir a condição social. Nas regiões mais conservadoras do norte e oeste inglês, encontrava-se a nobreza tradicional, defensora de seus direitos feudais. As regiões do sul e do leste eram habitadas por uma nobreza em processo de transformação, conhecida como gentry. Esse grupo geralmente vivia em função da exploração da terra; porem, nos moldes capitalista. Era vista como uma nobreza progressista, sendo responsável pela liderança do processo revolucionário inglês do século XVII. Neste grupo, também poderiam ser incluídos os burgueses em ascensão. Nas cidades, predominava a burguesia financeira, que por hora detinha os monopólios concedidos pela realeza,