determinantes econômicos da revolução inglesa de 1640
No período anterior à revolução inglesa, a Inglaterra era uma nação essencialmente agrícola, onde predominavam as propriedades que produziam para o próprio consumo dentro do sistema feudal. Mas, este cenário foi gradualmente modificando-se, pois os alimentos e a lã produzidos em uma determinada cidade foram sendo vendidos dentro e fora da Inglaterra, mediante o comércio com a Índia, Rússia e o descobrimento do novo mundo. Estes fatos abriram espaço para o desenvolvimento do mercado ultramarino. Com isto, diversas cidades inglesas foram expandindo-se devido ao fato das classes médias aplicarem seus capitais na produção de produtos especializados, como a lã, o que gerou um aumento na criação de animais e de alimentos dentro das terras arrendadas. Este aumento na produção abriu espaço para os proprietários de terra, a nobreza, aumentarem o preço da renda da terra; tirando proveito do avanço capitalista e freando um maior desenvolvimento do mesmo.
Com o aumento da renda da terra e a exploração econômica que a nobreza, o clero e a corte aplicavam nas classes subalternas, criaram um certo questionamento na população, pois uma pequena parte da sociedade parasitava economicamente a maior parte na nação. Dando espaço para o início da revolução inglesa, liderada pelas classes médias, a burguesia, que almejavam o poder político para o desenvolvimento do novo regime econômico, o capitalismo, colocando fim no antigo regime, o feudalismo.
Segundo Christopher Hill a revolução inglesa de 1640 foi “empreendida pela classe média, a burguesia, que crescia em riqueza e força à medida que o capitalismo se desenvolvia”.