resumo do artigo “A crise internacional e a estrutura produtiva brasileira"
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O artigo “A crise internacional e a estrutura produtiva brasileira” escrito por Antonio Correa de Lacerda e publicado na Revista Economia & Tecnologia (RET) discute que o Brasil, assim como outros países em desenvolvimento, se utiliza de práticas comerciais para se manter no mercado internacional. Na última década, o real tem sofrido grande valorização e isso acarretou na perda de competitividade da indústria brasileira, uma vez que fica mais barato importar do que produzir nacionalmente. Esse processo de desindustrialização impede a expansão da indústria brasileira já que os recursos são transferidos para indústrias de baixo potencial tecnológico e do setor primário, como o da agropecuária, que por sua vez dominam as exportações e mantêm a balança comercial em superávit, graças a alta demanda pelas commodities. Apesar da valorização da moeda local apresentar benefícios a curto prazo, como a diminuição e controle da inflação, a longo prazo, porém retarda o desenvolvimento das indústrias dotadas de alta tecnologia, que são os mais valorizados no mercado internacional, enquanto que os produtos chineses e outros asiáticos ganham força. Relacionado a isso tem-se que a controvérsia dos países que , na década de 80, liberalizaram o comércio após o fracasso da industrialização por substituição das importações tem taxas de crescimento mais baixas. Outro razão para a apreciação da moeda local são os altos juros bancários existentes do Brasil, que diminui a oferta de moeda e consequentemente o consumo, atraindo investimentos de capital estrangeiro. Por isso, o autor do texto, propõem que medidas sejam tomadas, como: aproveitar a vantagem comparativa da agropecuária no mercado internacional e ajustar os valores dos juros e taxas de câmbio a fim de acabar com essa “doença brasileira” de supervalorização da moeda que inviabiliza o desenvolvimento e torna a economia mais dependente e menos diversificada.