A revolução de 1930 sobre uma perspectiva gaúcha
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Rio de janeiro, inicio de novembro de 1930. Getúlio Dornelles Vargas, presidente eleito do estado do Rio Grande do Sul e líder do movimento político-militar, que eclodia há um mês, era ungido chefe de um governo provisório no Brasil. O povo nas ruas o saudava. Um grupo de relativamente jovens rio-grandenses tem uma ideia. Decidem atar as rédeas de seus cavalos, transportado de trem desde sua terra natal, em torno de um monumento significativo para os habitantes da capital federal, o obelisco na avenida Rio Branco, ex avenida Central, uns dos símbolos do orgulho civilizatório e urbanístico da cultivada elite litorânea nacional. Tiraram uma foto. Era provavelmente uma brincadeira, talvez um suvenir, para levarem para casa de volta ao sul. A foto acabou virando a condensação em imagem do que estava a ocorrer naqueles dias. Pela primeira vez na História do Brasil um movimento eclodido nos interiores periféricos do país assaltava com sucesso o governo central.(GRIJÓ,2004, pag. 291) O trecho acima refere-se a revolução de 1930, que pós fim a República Velha, e inaugurou um novo regime politico tendo premissas gaúchas de época. Alguns dos mais importantes componentes da nova estrutura política golpista era de origem do Rio Grande do Sul. para entender como este cenário da revolução de 1930 estruturou-se, é necessário observar desde o surgimento da geração de 1907, passando pela união em torno a frente única gaúcha ao golpe de 30, isso tudo sem esquecer o contexto da crise econômica que o Brasil enfrentava.
Começamos pela ascensão de alguns políticos em 1907 que mais tarde se destacariam no cenário político nacional, como Getúlio Vargas, Oswaldo Aranha dentre outros. Criados a partir de uma efervescência no âmbito politico gaúcho, esta geração foi vital para a revolução que ocorreria nos anos de 30. Foi com esta geração que de certa forma "rio-grandizou" o Brasil, a partir de suas politicas voltadas para o crescimento urbano. Em 1928, Getúlio Vargas assume o