Revolução de 30
Observações sobre a obra:
FAUSTO, Boris. A Revolução de 1930: Historiografia e História. 12ªe. São Paulo: Cia das Letras, 1994.
Capítulo I: A BURGUESIA INDUSTRIAL E A REVOLUÇÃO DE 1930 "Teorias Dualistas" Ponto de vista da Historiografia até 1970 Defendia que em 1930 acontecera um embate entre a tradicional Aristocracia Cafeeira herdeira de um sistema agrário de caráter semifeudal e uma nova Elite Burguesa Industrial, representante do capitalismo moderno que rompia pós Primeira Guerra Mundial.
Ponto de vista de Boris Fausto (1969) Nega um caráter de oposição fundamental entre estes dois setores da elite social: latifundiário agrícola e o burguês industrial. (p. 12-8) Afirma ainda que o setor industrial era desprovido de força de coesão para desbancar a elite agrária de forma revolucionária. Explica que esta mesma indústria era extremamente dependente do setor primário exportador e enumera três motivos principais: a insignificância dos ramos básicos industriais; a baixa capitalização das indústrias; e o grau incipiente de concentração das mesmas. (p. 19) Boris afirma também que se retirarmos os pequenos burgueses, o real número de indivíduos que se encaixavam na qualificação de burguesia industrial era pequeno, apesar destes possuírem influência política. (p. 23) Reafirma a força da atividade primária atribuindo a esta uma dependência da população brasileira da ordem de 65%, mesmo dez anos depois do episódio dito revolucionário. (p. 22)
"O Partido Democrático de São Paulo e a Indústria" Ponto de vista da Historiografia até 1970 O Partido Democrático teria surgido como representação política de setores novos, supostamente dinâmicos, onde estariam incluídos os industriais, ao lado de grupos financeiros e das classes médias.
Ponto de vista de Boris Fausto (1969) O autor caracteriza o PD como sendo coerente e antiindustrialista. Para justificar tal afirmativa, utiliza-se do artigo redigido pelo democrático Mário Pinto Serva que