Aluna

Argemiro Brum – O desenvolvimento econômico brasileiro

A partir de 1945, experimentou um período de grandes transformações em virtude da presença constante do Estado no mercado produtivo e no mercado de trabalho. Até então, as empresas e os sindicatos eram fracos e desorganizados, pois lhes faltava os recursos e investimentos necessários ao desenvolvimento da indústria nacional. O novo modelo era constituído de um Estado intervencionista que praticava uma política de substituição de importações visando estimular o mercado interno nascente. Muitos fatores contribuíram para o estabelecimento da indústria no país, são eles:
a) A nova demanda criada no mercado interno
b) Os recursos financeiros provenientes do setor agro-exportador, no caso, do café.
c) Muitos fazendeiros e imigrantes tornaram-se capitalistas e empresários. Na primeira fase do processo, os empresários passaram a produzir artigos de primeira necessidade visando atender as necessidades imediatas da população, tais como: vestidos, alimentos, bebidas, etc. Os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro lideraram o processo porque existiam, com fartura, os capitais acumulados com a economia cafeeira.
A restrição nas importações e o crescente nível de exportações de alimentos para os países envolvidos na primeira guerra mundial permitiram a criação de superávits na balança comercial.
Esses superávits, se bem empregados, poderiam ter alavancado investimentos em setores prioritários tais como: infra-estrutura, educação, etc. Mas, Dutra, o presidente do país no período, desperdiçou tais recursos com impostações de bens supérfluos e tecnologia arcaica. Vale salientar, entretanto, que foi formulado, durante o governo Eurico Gaspar Dutra (1946-1950), o Plano Salte visando resolver questões setoriais, mediante adequado ordenamento orçamentários. Ele era modesto em suas pretensões, mas tinha objetivos de grande alcance para a época. Foi o primeiro ensaio de planejamento econômico realizado no Brasil.