A responsabilidade Social na Contabilidade

A Contabilidade e a responsabilidade social nas organizações
Luciano Gomes dos Reis *

Introdução
O ambiente de mudanças pelo qual a sociedade mundial e, especificamente, a brasileira vem passando nos últimos anos atingiu todas as profissões de forma decisiva. Os contabilistas, como já é considerado comum, tiveram que se adaptar rapidamente às alterações de ordem social, tecnológica, econômica e legal, entre outras.
Dentre os vários enfoques possíveis de estudos, neste trabalho é abordado como tema a responsabilidade social, procurando esclarecer de forma breve a mudança de paradigmas, a origem e os principais órgãos que abordam o tema e qual a melhor forma dos contadores contribuírem no interior das organizações inseridas no ambiente econômico capitalista mas que devem participar da sociedade de forma responsável.
Um breve histórico das organizações
As organizações nos países ocidentais tiveram seu formato original fundamentado nos primórdios da Revolução Industrial, que proporcionaram a mudança do foco econômico da agricultura para o processo da manufatura. Esta mudança provocou o surgimento no decorrer da história de diversas teorias a respeito de como o empresário deveria se comportar para obter a maior vantagem econômica, utilizando-se do menor volume de recursos disponíveis, iniciando-se com as teorias de Henry Fayol na passagem do século XIX para o século XX, que juntamente com Frederick Taylor são considerados os precursores do modo de administrar as empresas em um ambiente capitalista.
No entanto, com a evolução dos modos de produção e das relações sociais nas organizações os modelos propostos por Fayol e Taylor não mais respondiam às questões que surgiam, o que evocou o surgimento da escola de relações humanas, que teve como maiores difusores de suas idéias George Elton Mayo e Abrahan Maslow. No entanto, nem mesmo esta escola, cujos estudos aparentemente vinha em benefício das pessoas em suas relações de trabalho, provocou uma mudança nos