A resiliência do Estado nacional diante da globalização
A “balcanização” do planeta
Alguns especialistas em relações internacionais descreveram a verdadeira proliferação de Estados, que se iniciou no século XX e se prolonga até hoje. Um século antes ,havia registrado notável contração no número de unidades soberanas por uma dupla causa: de uma lado, a unificação da Alemanha e da Itália, de outro, a expansão do imperialismo europeu na África e na Ásia,eliminando inúmeras entidades autônomas até anteriores. A exceção quanto à criação de Estados tinha sido a independência da América Latina, em especial a fragmentação da América espanhola.
Esse impérios crescentemente anacrônicos: o Turdo-Otomano, o Czarista e o Austro-Húngaro, vão desaparecer na Primeira Guerra Mundial,dando nascimento a numerosos Estados relativamente mais homogêneos.
A persistência da forma do Estado Nacional
Tão digno de nota como a multiplicação do Estado- nação é a tendência que tem ele de durar,uma vez estabelecido. Mesmo os falidos,nos quais se detecta verdadeira "regressão do Estado" agonizam,mas não desaparecem. Até na mais extrema situação de falência de Estado, a da Somália, sem governo central há mias de uma década.
A variedade e plasticidade do Estado Nacional
Proliferação de Estados produziu, em nossos dias, perto de duzentas unidades estatais de autonomia maior ou menor, das quais 192 fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU), tornando-a a primeira organização internacional de abrangência praticamente planetária Para fazer ideia de como se acelerou o processo de criação de Estados Nacionais, é útil lembrar que, dos 200 centros capazes de decisão relativamente autônoma,150 viram a luz no século XX, e que 3 em cada 4 indivíduos se concentram em apenas 25 Estados.
Os desafios do Estado Nacional no século XXI
Com o sucesso histórico da invenção do Estado Nacional, que ao menos na Europa, podem conduzir, eventualmente, à sua substituição por configuração