A república de platão - livros vi e vii
Livro VI: a cidade e o governante perfeitos Livro VII: a Alegoria da Caverna
Jeniffer Modenuti
A República, Livro VI
Neste sexto livro, Platão retrata as expressões de Sócrates sobre a viabilidade de uma cidade perfeita, e para isso discorre sobre a natureza dos guardiões, os governantes da cidade. Defende que o governante precisa possuir a natureza de um verdadeiro conhecimento, que por fim, resume-se na natureza de um filósofo. O filósofo é quem possui todas as características necessárias a um chefe de estado que manterá entre os cidadãos a verdade, o bem e a justiça. Não altera seu ponto de vista, pois respeita o que é verdadeiro. O filósofo forma-se tanto diante de aptidões naturais, possuindo uma boa memória, facilidade para aprender e graça, como também diante uma educação aprofundada e direcionada para a verdade, que ressalte suas características. O governo de uma cidade deve ser daquele que se destaque por exercer a verdade, a justiça, a coragem e a temperança. Outro cidadão não poderia ser um justo governante. Um bom governante deve ter amor às ciências, ressaltando sempre em sua vida a busca pela verdade, pelo verdadeiro conhecimento. Este homem não se deve deixar corromper. Porém também há filósofos que se corrompem – os sofistas – e Sócrates diz que estes que são ávidos por riquezas, honras, injustiças e omitem a verdade ou são amantes da mentira, estes são indignos de serem filósofos e causam grandes males à cidade. E isso é prejudicial à cidade, visto que para Sócrates o filósofo deve ser o médico que cuide das doenças e o comandante, que pilote e guie seus marujos. Já é apresentada neste livro a ideia de mundo inteligível, bem e verdade, fazendo analogias ao sol e à luz e exaltando o bem. Essas ideias serão mais bem trabalhadas no livro VI, no qual Platão nos descreve a Alegoria da Caverna. Platão encerra o livro VI afirmando que a inteligência corresponde à parte mais elevada da alma, o pensamento corresponde à segunda