A representação da linguagem e o processo de aprendizagem
Emília fala que tradicionalmente a alfabetização inicial considera o método realizado e o estado de “maturidade” da criança, e caracterizam quem ensina e quem aprende,sem se levar em conta um terceiro elemento dessa relação que é natureza do objeto de conhecimento envolvendo esta aprendizagem , e como este objeto de conhecimento intervém neste processo.
A Escrita como Sistema de Representação
Emília fala que a escrita pode ser vista de duas formas diferentes, e que dependendo de qual se considera, as consequências pedagógicas mudam bastante.
A escrita pode ser considerada como uma representação da linguagem ou como um código de transição gráfica das unidades sonoras.
Ela menciona que a construção de um sistema de representação qualquer adequado a uma realidade é um problema diferente da construção desses sistemas alternativos de representação construídos a partir de uma representação original. Utilizaremos a expressão codificar para construção desses sistemas alternativos. Um exemplo de construção de códigos de transcrição alternativos baseados em uma representação já constituída é a transcrição das letras do alfabeto em código telegráfico, portanto, a diferença entre codificação e criação de uma representação, é que na codificação tanto os elementos como as relações já estão predeterminados, o que se faz é encontrar uma representação diferente para os mesmos elementos e as mesmas relações, já na criação de uma representação, nem os elementos e nem as relações estão predeterminados.
A escrita é um sistema de representação e não um processo de codificação. Mas uma vez construída, pode-se pensar que sistema de representação é aprendido pelos novos usuários como um sistema codificação, mas não é assim, pois para aprender, as crianças precisam compreender o processo de construção e suas regras de produção, ou seja, precisam passar um processo semelhante ao da construção de um sistema.
A diferença que