A representação da força do estado no rio de janeiro
A ação repressora do Estado é testemunhada diariamente por moradores de favelas, conjuntos habitacionais ou áreas carentes próximas à organização do tráfico de drogas, representada por seus agentes principalmente da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Em suas incursões ou mesmo em rondas cotidianas em que pode haver o confronto com grupos supostamente de traficantes ou envolvidos com os mesmos, é frequente a ocorrência de confrontos em que os “elementos” vão ao óbito. Tal prática é interpretada por parte da sociedade como uma vingança em nome de todos os cidadãos em consequência dos delitos que foram praticados pelo suposto delinquente. A ação policial é legitimada pelo Estado e também por parte da população, através de manifestações midiáticas em favor de operações que decorreram em “Autos de Resistência”. Outra parcela da sociedade entende como um total despreparo policial a realização de invasões e confrontos armados que tem como consequência a morte de bandidos, pois como representantes da força do Estado realizam tais ações com a pretensão de simplesmente matar, não parecendo ser considerável colocar vida de inocentes – que residem em favelas, por exemplo – em risco. E muito menos parece ser pretendido preservar a vida do “elemento” para que seja julgado e passe pelos processos judiciários cabíveis. A própria instituição de segurança que em tese deve apurar e investigar todo e qualquer tipo de homicídio não se faz investigativa com a prática do “Auto de Resistência”, o autor do fato que quase sempre é um policial militar se encaminha à delegacia civil mais próxima e descreve como foi a ação e em que circunstâncias foram efetuados disparos que levaram a vítima ao óbito, sendo assim é iniciado o inquérito normalmente testemunhado pelo próprio policial militar ou por algum parceiro que esteve presente na ação. É creditada ao policial a “Fé Pública”, em que se crê que o mesmo