Análise de documentos
Valdinei Cláudio Vieira
O presente trabalho tem objetivo fazer análises dos Documentos alusivos: à “Fala do Presidente do senado da câmara ao Príncipe Regente no Dia do Fico (9 de janeiro)”, “Fala do orador da deputação de São Paulo (26 de janeiro)”, “Representação do Povo do Rio de Janeiro ao Príncipe Regente em prol da convocação de uma Assembleia Geral (20 de maio)” e “Manifesto do Príncipe Regente aos brasileiros sobre os conflitos com Portugal e a expectativa de Independência (1º de agosto de 1822)”.
No primeiro documento temos a fala de José Clemente Pereira presidente do Senado da Câmara dirigida ao Príncipe Regente em nome do povo (no caso do Rio de Janeiro), conclamando ao príncipe que ficasse e ainda apresentando as consequências que sua saída representaria. Para ele o “fatal decreto” da independência do reino. Vejamos que uma das grandes preocupações na fala do presidente do Senado é que o príncipe representaria a unidade dos “estados” do Brasil. Esse discurso, bem como os outros expressos nos documentos que ora vamos analisar representam todo um pensamento conflituoso que passava desde a revolução do porto. Representa, portanto, parte dos discursos que se acirrava tanto na corte portuguesa e que consequentemente determinariam também as posições políticas no Brasil. Foram discursos prós e contra a centralização do poder no reino do Brasil sobre a regência de D. Pedro I.
Fica evidenciada nessa fala que o Príncipe representaria para o Brasil a unidade e o sinônimo da continuidade da liberdade que começara a ter em 1808, quando da vinda da corte portuguesa para o Brasil, o que representou a quebra do exclusivo colonial, economicamente falando estava posta em certo sentido uma “independência” com a abertura dos portos. Autonomia essa que aumenta em 1815 com a elevação do Brasil a vice-reino. Ressaltou o presidente do Senado que as propostas para o novo sistema de governo apresentadas na Carta de Lei de 1º de outubro de 1821, às