filme o quarto do filho
Michele Poletto*
RESUMO:
O presente artigo apresenta e discute semelhanças e diferenças entre neurose e psicose a partir dos fundamentos teóricos freudianos. Fez-se um percorrido na obra freudiana para examinar as principais características, além de verificar a origem histórica do emprego dos referidos termos. Identificou-se que há um afrouxamento da realidade na psicose como na neurose. A diferenciação aparece no desfecho e na relação do sujeito com a realidade exterior. A psicose utilizará o delírio e a alucinação e a neurose se valerá da fantasia.
PALAVRAS-CHAVE: Psicose. Neurose. Obra Freudiana. Delírio. Fantasia.
*
Michele Poletto. Docente do Curso de Psicologia da Faculdade IBGEN/Porto Alegre.
Psicanálise & Barroco em revista v.10, n.2 : 01-13, dez. 2012
Michele Poletto
O objetivo deste trabalho é apresentar e discutir as semelhanças e diferenças entre neurose e psicose tomando como referência os fundamentos teóricos freudianos. Para tal propósito fez-se um percorrido na obra freudiana para elencar as principais características relacionadas à neurose e psicose e considerar, além disso, a origem histórica do emprego dos referidos termos.
De acordo com Mijolla (2005), as neuroses são transtornos psíquicos sem substrato anatômico detectável. Sua sintomatologia está relacionada à expressão simbólica de um conflito intrapsíquico entre ideias fantasmáticas inconscientes, associadas ao complexo edípico, e às defesas que elas provocam, que possuem raízes na história infantil do sujeito.
O termo neurose tratava-se de um conjunto heterogêneo de doenças atribuídas a um ataque de nervos e foi introduzido no século XVIII, em 1777, por um médico escocês chamado Willian Cullen (MIJOLLA, 2005). O termo aparece em um tratado de medicina desse médico escocês, no qual a segunda parte da obra era intitulada “Neurose ou doenças nervosas”. Na referida seção eram